As 10 maiores finais da história da Copa do Mundo (Parte 1)

10 – Itália 1×1 França (5×3 nos pênaltis) – 2006

O futebol apresentado dentro de campo não foi dos melhores, as chances de gols criadas não foram muitas, mas a final da Copa do Mundo de 2006 certamente foi inesquecível para quem acompanhou. Dois personagens foram os protagonistas: Zinedine Zidane e Marco Materazzi. O craque francês que dispensa apresentações vinha fazendo um grande mundial e já tinha anunciado que aquele seria o último jogo de sua brilhante carreira. Logo com 7 minutos a partida começou favorável para o francês e péssima para o italiano: Malouda invadiu a área e foi derrubado justo por Materazzi. Zidane cobrou a penalidade dando uma cavadinha com muita classe, a bola ainda bateu no travessão antes de entrar, mas mesmo sem chip na bola ou árbitro de vídeo foi fácil para a arbitragem confirmar que a bola havia ultrapassado totalmente a linha. Não demorou muito tempo para Materazzi dar a volta por cima, o zagueirão de quase 2 metros aproveitou o escanteio cobrado por Pirlo, ganhou de Vieira no alto e acertou uma belíssima cabeçada para deixar tudo igual. Depois desse primeiro tempo eletrizante não tivemos muitas chances claras de gol, os franceses buscavam atacar aproveitando principalmente o talento de Henry e a velocidade de Malouda, enquanto os italianos ameaçavam mais nas bolas paradas. Sem gols no segundo tempo a partida seguiu para a prorrogação. No final da primeira etapa do tempo extra Buffon realizou uma linda defesa após forte cabeçada de Zidane, mas essa prorrogação ficou marcada por uma outra cabeçada de Zidane aos 5 minutos da segunda etapa: em um lance fora de bola, Materazzi pareceu ter dito alguma coisa para Zizou, que se virou em direção ao italiano e acertou com força uma cabeçada em seu peito. Cartão vermelho para o craque francês, que se despediu do futebol da forma mais melancólica possível, em uma cena que certamente ficará pra sempre na memória de todos que estavam assistindo. Na disputa por penâltis os italianos foram perfeitos e se sagraram campeões se aproveitando da cobrança perdida por David Trezeguet.

 

9 – Holanda 1×2 Alemanha Ocidental – 1974

A seleção holandesa de 1974 é uma das mais conhecidas da história do futebol por conta de seu futebol ofensivo e inovador. Os comandados de Rinus Michels vinham realizando uma copa quase perfeita, eliminando o atual campeão Brasil na fase anterior e encantando a todos com seu bom futebol. Mas do outro lado estava a seleção dona da casa, com jogadores do naipe de Franz Beckenbauer, Paul Breitner, Berti Vogts e Gerd Müller. Os holandeses chegaram na final com favoritismo, que parecia que iria se confirmar quando com apenas um minuto de jogo o craque Johan Cruyff foi derrubado dentro da área, permitindo a cobrança de Neeskens para abrir o placar. Os alemães foram em busca do empate e conseguiram aos 25 minutos após outro pênalti, dessa vez sofrido por Hölzenbein, convertido por Breitner e contestado pelos holandeses até hoje. Ainda no primeiro tempo o gol do título foi marcado pelo artilheiro Gerd Müller. A Holanda não desistiu e buscou por todo o segundo tempo o gol do empate, mas o placar continuou o mesmo, concretizando o titulo alemão em uma das finais mais marcantes das histórias das copas.

 

8 – Argentina 3×1 Holanda – 1978

Ambas as seleções buscavam seu primeiro titulo mundial, os holandeses queriam superar o trauma da edição anterior em 1974, dessa vez sem o técnico Rinus Michels e sem o grande craque Johan Cruyff. Já os argentinos queriam a vitória jogando diante de sua torcida, ainda sem o jovem Diego Maradona que já havia sendo convocado, mas foi deixado de fora pelo técnico Menotti por ter apenas 17 anos. Em um primeiro tempo de boas chances para os dois lados, quem abriu o placar foi o atacante Mario Kempes aos 37 minutos. A segunda etapa seguiu movimentada, mas sem alterações no placar, com os argentinos já se preparando pra comemorar o titulo, até que aos 36 minutos o atacante Nanninga aproveitou o cruzamento de van de Kerkhof e empatou o jogo de cabeça. Praticamente no último minuto do tempo regulamentar um lance que os holandeses não esquecem até hoje: Rensenbrink aproveitou uma saída errada de Fillol e tocou a bola na direção do gol, mas a bola acabou atingindo a trave para o alívio dos argentinos. A prorrogação ficou marcada por entradas violentas das duas equipes nos primeiros minutos e logo foi decidida após Kempes aparecer e marcar novamente. No fim Daniel Bertoni ainda fechou o placar para sacramentar a festa em Buenos Aires. Uma final tensa, marcada por emoção, muitas divididas e também bom lances técnicos.

 

7 – Brasil 5×2 Suécia – 1958

A histórica final de 1958 ficou marcada pela grande exibição de um garoto de 17 anos que ficou conhecido como Pelé em um jogo bem movimentado. Logo no inicio a emoção foi garantida, com apenas 4 minutos Liedholm abriu o placar com um belíssimo gol para a Suécia. Mesmo começando atrás a seleção brasileira parecia determinada a superar o trauma de 1950 e cercada por grandes craques partiu pra cima conseguindo a virada após duas grandes jogadas de Garrincha na direita e finalizações de Vavá. No segundo tempo o Brasil continuou a tomar a maior parte das ações ofensivas ampliando o placar com o antológico gol de Pelé, chapelando o zagueiro e finalizando sem deixar a bola cair. Ainda deu tempo do lendário Zagallo fazer o quarto gol, de Simonsson diminuir para os suecos, e do jovem Pelé acertar uma belíssima cabeçada no último lance do jogo para fechar a partida com chave de ouro. A final de 58 teve grandes craques, bom futebol, muitos gols… e Pelé.

 

6 – Argentina 3×2 Alemanha Ocidental – 1986

Na copa de Diego Maradona, o adversário dos argentinos na final foi a seleção alemã de Matthäus e Rummenigge. Em um primeiro tempo muito pegado, com marcação forte especialmente em Maradona, o placar só foi aberto após um gol de cabeça do zagueiro Brown após saída ruim do goleiro Schumacher. Quando Valdano fez o segundo gol aos 21 do segundo tempo a partida parecia decidida, mas em duas jogadas de escanteio Rummenigge e Völler empataram o placar e garantiram a emoção para os minutos finais. Quando o relógio da segunda etapa marcava 39 minutos, Maradona apareceu e lançou Burruchaga para disparar e marcar o gol do titulo, acabando com a tensão argentina e sacramentando a copa do mundo de Diego.

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