As 10 maiores finais da história da Copa do Mundo (Parte 2)

5 – Brasil 4×1 Itália – 1970

Uma das finais mais icônicas de todos os tempos. A seleção brasileira comandada por Pelé e recheada de craques, contra a forte Itália, atual campeã europeia. As duas seleções começaram indo para cima, tendo o placar aberto apenas aos 18 minutos após cabeçada característica de Pelé, aproveitando cruzamento de Rivellino e subindo muito mais alto que o zagueiro para testar ao fundo das redes. Uma bobeada de Clodoaldo junto com a confusão na defesa brasileira permitiu Boninsegna empatar o jogo, mas na volta para o segundo tempo a seleção brasileira se viu determinada a acabar com qualquer dúvida de quem sairia com o titulo: após muito tentar, o segundo gol só foi sair aos 20 minutos com um chutaço de Gérson. A partir daí os italianos não tiveram mais nenhuma chance, primeiro com o gol de Jairzinho completando escorada de Pelé para marcar o terceiro gol, e depois com Carlos Alberto Torres completando o placar em um dos gols mais conhecidos da história do futebol. Uma seleção fantástica em uma final inesquecível.

 

4 – Inglaterra 4×2 Alemanha – 1966

A controversa final de 1966 é principalmente lembrada pelo terceiro gol inglês validado na prorrogação, mas também merece ser reconhecida como uma das melhores finais disputadas. O placar foi aberto aos 12 minutos após chute do alemão Haller e igualado 6 minutos depois com o primeiro gol de Geoff Hurst. O gol de Martin Peters aos 33 do segundo tempo deixou a torcida inglesa eufórica, mas quando tudo parecia decidido aos 44 minutos o zagueiro Weber deixou tudo igual, silenciando os donos da casa. A necessidade da prorrogação foi um banho de água fria para os ingleses, mas os jogadores continuaram atacando até aos 11 minutos da primeira parte, quando Hurst acertou forte chute que pegou no travessão e quicou na linha do gol. Após consultar o bandeira o juíz resolveu validar o gol para revolta dos alemães. O gol acabou exigindo que a Alemanha se lançasse para o ataque, dando a oportunidade para Hurst aproveitar contra-ataque e marcar seu terceiro gol no lance final de jogo. Uma brilhante atuação do atacante inglês, que hoje não é tão lembrada devido ao famoso gol fantasma que roubou todas as repercussões.

 

3 – Alemanha 3×2 Hungria – 1954

O “Milagre de Berna” não é assim chamado por acaso. A final de 1954 colocou frente a frente os azarões alemães contra o fantástico time hungáro, avassalador na copa do mundo – inclusive goleando os mesmos alemãs por 8×3 na fase de grupos e que chegou a ficar invicto por 32 jogos. A seleção de Puskás, Kocsis, Hidegkuti, Czibor, Bozsik e outros craques parecia que iria confirmar o favoritismo e conquistar o titulo com facilidade, com oito minutos o placar já estava 2×0 graças a Puskás e Czibor. Todavia, a resposta dos alemães foi rápida, aos 10 minutos Max Morlock diminuiu e aos 18 Helmut Rahn empatou. Após o empate a Hungria retomou o controle do jogo e teve várias chances de marcar, a maioria delas parada pelo goleiro alemão Toni Turek. No meio de tantas oportunidades perdidas, o banho de água fria veio aos 39 do segundo tempo com o gol de Rahn após trazer a bola para o meio e acertar preciso chute sem chances para o goleiro Grosics. Dois minutos depois Puskás parecia ter empatado o jogo, mas o gol foi anulado com a justificativa de impedimento. No minuto final Turek ainda fez uma defesa espetacular após jogada construída pelo time hungáro, o suficiente para manter o placar e dar o titulo para os alemães. Uma final fantástica que decretou uma das maiores zebras da história das copas.

 

2 – Uruguai 2×1 Brasil – 1950

A tragédia brasileira do “Maracanaço” é um dos eventos mais conhecidos da história do futebol. Apesar do regulamento da copa de 1950 não prever uma final como hoje é tradicional, o decorrer do torneio acabou transformando a partida entre Brasil e Uruguai como o jogo decisivo para o titulo. A seleção brasileira era a grande favorita, precisava apenas de um empate para ser campeã e vinha invicta na competição. Do outro lado os uruguaios vinham de jogos anteriores difíceis deixando a possibilidade de vitória improvável. O clima de confiança no Brasil era tão grande que muitos já consideravam o titulo como certo. Com a bola rolando a seleção do Uruguai conseguiu segurar as jogadas de ataque brasileiras, finalizando o primeiro tempo sem gols, algo fundamental para diminuir o ímpeto da equipe da casa. O sucesso uruguaio logo caiu por terra, com apenas 2 minutos da segunda etapa, o atacante Friaça abriu o placar deixando a torcida eufórica. De toda forma a equipe celeste mostrou uma incrível força mental e buscou a reação, com 21 minutos Schiaffino empatando o jogo após belo chute de primeira. Aos 34, Ghiggia invadiu o lado esquerdo da defesa e marcou um dos gols mais famosos da história do futebol, deixando um Maracanã com quase 200 mil presentes em silêncio. A final com ares de tragédia brasileira terminou com um épico e improvável titulo uruguaio.

 

1 – Argentina 3×3 França – 2022

A última final que presenciamos certamente foi o jogo final mais espetacular que vimos na história das copas. Após um primeiro tempo de gala dos argentinos, com grande atuação de Di Maria, vimos Kylian Mbappe marcar dois gols nos últimos minutos do tempo normal forçando o jogo para uma antes improvável  prorrogação. Por sinal, a disputa de Mbappé contra Messi foi um show a parte. Já no tempo extra o craque argentino marcou seu segundo no jogo deixando a Argentina muito próxima do titulo, mas Mbappé novamente tratou de deixar o placar igual, o único a marcar três gols em uma final de copa desde o inglês Geoff Hurst em 1966. A disputa nos pênaltis consagrou Messi e o goleiro Emi Martinez, finalizando com chave de ouro uma final espetacular, cheia de gols, reviravoltas, emoção e atuações históricas de Messi e Mbappé. Podemos nos orgulhar de termos visto a história ao vivo diante de nossos olhos.

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